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Quando o Amor Vira Alerta: O Perigo dos Sinais de Violência

Mônica Nóbrega

A comunicação é meu gatilho para gerar mudanças. Como puder, onde estiver, com o melhor de mim.

 

Quando o Amor Vira Alerta: O Perigo dos Sinais de Violência

Hoje quero compartilhar uma história muito importante, que recebi de uma seguidora que vou chamar de Sueli, para preservar sua identidade. Ela é de Brasília e a mensagem que me enviou serve como um verdadeiro alerta para todas e todos nós. Não é apenas uma reflexão sobre a violência que vemos nos noticiários, mas sobre a forma como olhamos para dentro de nossas próprias casas e relações.

Ciúmes Não é Amor

Percebo, pelas mensagens que recebo, que muitas mulheres se sentem lisonjeadas quando o parceiro demonstra ciúme, seja pela roupa, pelo biquíni, por algo supostamente “provocante”. Quero ser muito clara: isso não é bonito, não tem nada de amoroso, e pode, na verdade, ser o início de algo perigoso.

O Relacionamento de Sueli

Sueli me contou que namora há quase três anos. Os dois primeiros anos foram maravilhosos: um relacionamento cheio de aventura, esportes radicais, carinho, generosidade. Mas havia um detalhe – na intimidade, ele era um pouco bruto, segundo as palavras dela. Às vezes, lhe dava tapas “que machucavam um pouco”. E aqui vai um ponto fundamental: machucar, mesmo que “um pouco”, já é demais. Isso não é “normal”, não é desejável em nenhuma circunstância, a não ser que haja consentimento e combinados prévios (o que não era o caso).

Com o tempo, a agressividade saiu do quarto e apareceu em outros momentos. Recentemente, antes de completarem três anos juntos, ele segurou Sueli pelos dois braços e, veementemente, proibiu que ela saísse de casa com determinada roupa. Ela acabou cedendo, trocando a roupa – e esse foi o primeiro erro, pois ceder é abrir espaço para o controle.

Depois, houve mais: em uma situação banal, ela riu com um colega de trabalho, e o namorado, ao ver, puxou seu braço, deu um beliscão e um tapa forte no carro. Sueli ficou arrasada, chorou muito e decidiu terminar.

O Ciclo da Violência

Mas, como é típico em casos assim, ele chorou, ficou dois dias na porta dela, mandou mais de mil mensagens, prometendo que nunca mais faria aquilo. Só que é aí que mora o perigo: segurar no braço, beliscar, mandar trocar de roupa, se incomodar com um colega de trabalho… Isso já é violência instalada. Não é uma suspeita, não é um exagero. É real.

O pior? Essas situações tendem a piorar. O que antes era um tapa, pode virar um murro, e a vítima se sente cada vez mais isolada e amedrontada.

Atenção aos Sinais

No fim desse processo, Sueli encontrou uma ex-namorada dele, que relatou ter terminado pelo mesmo motivo: agressão física. Ou seja, esse comportamento é um padrão, e deveria acender todos os alertas possíveis.

Por isso, a orientação é clara: saia imediatamente! Não é fácil, eu sei, mas tente ser sutil, educada. Diga que vocês não nasceram um para o outro. Fique atenta aos sinais, como ele insistir muito para voltar ou rondar sua casa. Avise sua família, tenha o telefone da polícia e da delegacia da mulher sempre em mãos. Se perceber qualquer situação de perigo, não hesite: chame a polícia.

Não caia no erro de pensar que, por anos ele nunca foi violento, isso não significa nada. Muitas vezes, esse lado só aparece depois que a pessoa ganha sua confiança.

Lembre-se: não é você quem deve tratar esse problema. Se ele quiser mudar, existe tratamento – mas não espere que, de um dia para o outro, ele acorde completamente diferente. Proteja-se!
Para quem vive algo parecido
  • Avise pessoas de confiança sobre o que está acontecendo.
  • Mantenha sempre à mão contatos de emergência, incluindo o da delegacia da mulher.
  • Evite lugares frequentados por ele.
  • Busque apoio psicológico e jurídico, se sentir necessidade.
Violência, mesmo que “pequena”, é violência. Sua segurança e sua vida valem muito mais.

 


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