NAMORO MORNO, FIM AMARGO
Hoje quero trazer uma reflexão baseada numa mensagem que recebi da Ana Clésia. Ela compartilhou comigo o término de um namoro de dois anos, que, aparentemente, tinha tudo para ser “pra sempre”. Não havia brigas, nem diferenças gritantes. O namoro era linear, calmo… até monótono. De repente, sem nenhum aviso, o namorado pediu um tempo para repensar tudo e foi embora. Ana Clésia ficou sem chão, cheia de dúvidas e se perguntando se tinha alguma culpa ou o que poderia ter feito de diferente.
O que mais me chamou atenção nessa história não foi o fim em si, mas o tipo de relação que ela descreveu: morna, sem discussões, sem grandes diálogos, sem projetos em comum — apenas uma convivência tranquila, quase como se fossem colegas de casa.
É fácil confundir paz com ausência de emoção, principalmente quando a gente teme conflitos. Mas relacionamento precisa de troca, de vibração, de interesse mútuo, de planos divididos. Ficar junto é se permitir compartilhar sonhos, discutir ideias, mostrar vulnerabilidades e também discordar. Quando não há essas trocas, a relação vai perdendo cor, parando no tempo, até que a estagnação vira separação.
Ana Clésia percebeu, após o término, que sabia pouco sobre o que o ex pensava, sentia ou desejava. Isso mostra como, às vezes, estamos apenas lado a lado e não realmente juntos. Relacionamento não se sustenta só na calmaria — precisa de vida, presença, troca e admiração mútua.
Se você se sente assim, meio no piloto automático, aproveite para se perguntar: o que está faltando para vibrar novamente? Você tem planos, objetivos, sonhos? Sabe o que espera do outro e o que pode construir junto? O término machuca, mas também é convite para olhar para dentro, descobrir o que te faz bem de verdade e aprender a construir relações com mais sentido.