“FICAMOS JUNTOS POR 12 ANOS, ATÉ ELA DIZER QUE IA VIVER A VIDA”
Hoje quero compartilhar a história do Emerson, que passou por uma dessas experiências que balançam o chão sob nossos pés: depois de 12 anos de relacionamento, iniciados ainda na adolescência, viu tudo mudar de uma hora para outra. Sua parceira, sem brigas ou grandes conflitos, pediu um tempo – disse que queria aproveitar o mundo, pediu que ele não esperasse por ela. Ficou aquele vazio difícil de explicar. Emerson ficou paralisado, triste, sem vontade de sair, encontrar amigos ou fazer novos planos.
É normal: viver um amor longo e intenso cria raízes profundas, e na ruptura, dói até o que parecia fortalecido. A vontade é mesmo de se isolar, chorar, reviver cada memória. E, frequentemente, bate uma culpa ou a tentação de buscar justificativas, procurar a pessoa, mandar mensagens, tentar “consertar” o passado, quando na verdade o que mais precisamos é deixar tempo e espaço para a cura acontecer.
Nessas horas, insisto: é preciso abrir espaço para coisas novas na vida. Por mais difícil que pareça, aos poucos, é saudável trocar a água “suja” da dor por pequenas doses de alegria, interesse e novidade. Saia de redes sociais, afaste-se do que te prende ao passado, diga não à tentação de procurar notícias daquela pessoa. Valorize-se: invista em novos hobbies, amizades, experiências. Relembre o que te faz bem para além do relacionamento.
O fim de um relacionamento não apaga tudo que foi vivido – muito pelo contrário. O que ficou de bom são seus aprendizados, suas lembranças, suas conquistas como pessoa. Tudo tem seu ciclo na vida. Às vezes, terminar é abrir espaço para um novo destino, para sentimentos e possibilidades que sequer imaginávamos existir.
Você não foi “deixado para trás”, você apenas finalizou um capítulo. E, mesmo que pareça difícil enxergar, mais à frente a vida mostra outras portas, novas histórias para serem vividas.